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A sessão de solidariedade com a República Bolivariana da Venezuela, promovida pelo CPPC, na terça-feira, 10 de Abril, no auditório da Escola Profissional Bento de Jesus Caraça, em Lisboa, que contou com a presença do Ex.mo Sr. Ministro do Poder Popular para as Relações Externas da República Bolivariana da Venezuela, Jorge Arreaza, constituiu mais uma demonstração da firme e constante solidariedade do movimento da paz português com o processo emancipador e libertador iniciado, há quase 20 anos, naquele país sul-americano, na sequência da vitória de Hugo Chávez nas eleições presidenciais de 1998. Foi, também, um importante momento de esclarecimento e compreensão da situação actual na Venezuela e das perspectivas de futuro imediato.

Com a sala a transbordar e a presença das organizações e movimentos que, independentemente de pressões e campanhas mediáticas, nunca enjeitaram o seu apoio ao povo da Venezuela e ao processo bolivariano, contou ainda com a presença do Ex.mo Sr. Embaixador da Venezuela, Lucas Ríncon, da Ex.ma Sra. Embaixadora de Cuba, Mercedes Martinez, do Ex.mo Sr. Embaixador da Palestina, Nabil Abuznaid, e do Ex.mo Sr. Embaixador da República Dominicana, Héctor Virgilio Alcántara Mejía, os quais mostraram, uma vez mais, que solidariedade não é uma palavra vã. É uma prática quotidiana e recíproca, como realçou na primeira intervenção da tarde a presidente da direcção do CPPC, Ilda Figueiredo, que destacou as conquistas políticas, económicas, sociais e culturais do processo bolivariano iniciado com o presidente Hugo Chavez e prosseguidas com o presidente Nicolás Maduro, processo que contribuiu para a criação de novas experiências de afirmação soberana e de união dos povos da região como a CELAC, UnaSUR, ALBA, onde a Venezuela teve um importante papel com Cuba, Brasil e outros países. E por isso, também ali foi expressa a solidariedade aos restantes povos da região, nomeadamente, do Brasil e de Cuba.

Para Jorge Arreaza, ser solidário com a Venezuela não é fácil nos dias que correm, dada a dimensão e violência da ofensiva mediática lançada contra o que denomina de Revolução Bolivariana. É um acto de valentia, de coragem. Levar a cabo um projecto emancipador e libertador num país tão rico e tão próximo dos Estados Unidos da América não poderia ser fácil, como não tem sido. Mas, sublinhou o governante, tem sido possível graças à fidelidade ao caminho apontado pelo comandante Hugo Chávez, cuja dimensão, garantiu, não é ainda completamente alcançável.

Jorge Arreaza denunciou ainda as ameaças norte-americanas de agressão militar contra a Venezuela e o carácter antipatriótico da oposição oligárquica, que obedece a interesses externos contra a soberania do país e o bem-estar do povo.

Referiu-se igualmente ao Brasil, condenando a prisão de Lula da Silva, mais uma etapa do golpe institucional que destituiu a presidente Dilma Rousseff, falando com entusiasmo das alterações progressistas que se deram no seu país e em diversos outros da América Latina, não esquecendo Equador, Nicarágua, Bolívia, e da determinação do povo venezuelano de continuar a enfrentar os boicotes e ingerências que EUA e seus aliados prosseguem para tentar retomar a hegemonia na América Latina e pôr em causa as conquistas dos povos e o seu direito a serem felizes.