O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) denuncia a acção intervencionista e agressiva dos Estados Unidos e seus aliados na Síria, em flagrante violação da soberania, independência, integridade territorial da República Árabe Síria, ou seja, do direito internacional.

Uma acção intervencionista que está clara e objectivamente do lado dos grupos terroristas que falsamente dizem combater – como o Estado Islâmico e a Frente Al-Nusra, braço local da denominada Al-Qaeda. Face às crescentes dificuldades que estes grupos enfrentam no campo de batalha, em resultado das sucessivas derrotas sofridas, multiplicaram-se os ataques norte-americanos e israelitas a instalações militares e aviões de combate sírios e a populações civis, procurando dar cobertura aos grupos terroristas no terreno.

Situações como esta, que se têm sucedido nos últimos meses, tornam mais evidente a convergência efectivamente existente entre os grupos terroristas, os EUA, a NATO e potências da União Europeia, Israel e a Arábia Saudita, interessados no derrube do governo liderado pelo Presidente Bashar al-Assad e das forças patrioticas sírias, que há muito representam um obstáculo aos desígnios dos EUA na região.

Se a convergência entre os EUA e os grupos terroristas não é de hoje, os mais recentes desenvolvimentos da situação tornaram-na mais clara, pese embora a desinformação mediática erguida pelas grandes cadeias de comunicação norte-americanas ao nível mundial.

Para o CPPC, a defesa da soberania e da integridade territorial da Síria são o único caminho que serve a paz e a segurança na região e no mundo e o que efectivamente contribui para combater o terrorismo que, como se vê pelo Iraque, o Afeganistão, a Líbia e a própria Síria, se alimenta da guerra e da destruição.

A retirada das forças estrangeiras que ilegalmente intervêm em território sírio e o fim do apoio militar, logístico e financeiro aos grupos terroristas que aí operam são medidas essenciais para alcançar a paz na Síria.

Direcção Nacional do CPPC